O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou na manhã desta terça-feira cinco prefeituras da Bahia para pressionar os prefeitos a discutir sobre a situação das escolas dos assentamentos. As prefeituras de Igrapiúna, Prado, Itabela e Camamu, no sul do Estado, e de Queimadas, na região sisaleira, estão tomadas por centenas de integrantes do MST. A organização quer ocupar pelo menos dez prefeituras até a próxima semana.
O MST se queixa do total descaso dos municípios em relação às escolas dos assentamentos. Os espaços funcionariam em instalações precárias e com falta de equipamentos. “São escolas do nível fundamental que as prefeituras têm obrigação de manter inclusive porque recebem verbas do Ministério da Educação para isso”, declarou Márcio Matos, liderança do MST na Bahia. As ocupações têm como objetivo pressionar as prefeituras nesse início de ano para que se organizem e ofereçam condições mínimas de funcionamento às escolas. “Só vamos deixar os locais depois que os prefeitos e os secretários de educação nos receberem”, disse Matos.
Vitória da Conquista
O Movimento também tem usado outra forma de pressão para conseguir o atendimento de reivindicações. Nesta segunda-feira, o MST ocupou o escritório regional da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) em Vitória da Conquista. Segundo Matos, essas ocupações, que são “legítimas e instrumento de luta”, devem continuar no Estado. “Nós temos demandas como sistemas de abastecimento de água instalados em assentamentos pelo governo baiano que necessitam de energia elétrica para funcionar e a Coelba não instala”, reclamou o líder sem-terra.
Na semana passada, o deputado Valmir Assunção (PT-BA), líder histórico do MST da Bahia, eleito para a Câmara Federal em 2010, afirmou que as ações do Movimento repercutem bem mais do que seus discursos no plenário da Casa. Conforme Assunção, suas palavras não são ouvidas pelos colegas, pelo governo e pela sociedade.
Do TeixeiraAgora
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