O candidato a governador, Paulo Souto, da coligação “Unidos pela Bahia”, manifestou total interesse de, no caso de eleito, desenvolver políticas publicas para mudar o negativo cenário da violência à mulher no estado. “Não podemos nos omitir diante da situação atual, em que a Bahia possui a segunda maior taxa de homicídios femininos do país. Muito menos ficarmos passivos com o aumento de 168% no número de estupros, nos últimos anos, em nosso estado”, afirmou ao participar do Encontro das Mulheres com Candidatos ao Governo do Estado.
Ao contrário do candidato petista Rui Costa, que mais uma vez se ausentou de um debate público sobre a violência, Paulo Souto participou do evento, promovido pela Rede de Atenção à Mulher em Situação de Violência, na Defensoria Pública, na manhã desta segunda-feira (19). “É preciso ter coragem para enfrentar este problema e o candidato do atual governador mais uma vez se ausentou de um debate sobre a violência, numa clara demonstração de incapacidade de tratar uma questão que aflige diretamente a vida de baianas e baianos”, comentou.
No encontro desta segunda-feira, que contou com a participação das candidatas Lídice da Mata (PSB), Renata Mallet (PSTU), Da Luz (PRTB), e de uma representante de Marcos Mendes, do PSOL, o que foi motivo de protestos dos outros participantes, a Rede expôs dados da violência à mulher na Bahia e apresentou um documento com 10 propostas de políticas públicas para a avaliação dos debatedores.
Lembrando que criou o Conselho Estadual de Defesa do Direito da Mulher, quando governador, Paulo Souto concordou com as propostas apresentadas de fortalecimento e manutenção da Secretaria Estadual de Políticas para Mulheres, do aumento de recursos públicos para o combate à violência contra a mulher, interiorização e ampliação do número de delegacias especializadas e serviços de saúde para vítimas da violência, bem como intensificar a articulação do governo com o poder judiciário, defensoria pública e ministério público.
Para o candidato da coligação “Unidos pela Bahia”, a Lei Maria da Penha foi um grande avanço na proteção à mulher. “Mas a sua eficácia é reduzida, por causa da insuficiência de instrumentos que possibilitem a sua efetivação”, disse, assinalando ter o propósito, se eleito, de contribuir no que for possível para tornar a legislação mais eficaz.
Da Redação
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