Em campanha para eleger Dute (PT) prefeito de São José da Vitória, interior da Bahia, o atual gestor da cidade, Jeová Nunes de Souza (PT), é acusado pelos próprios funcionários de bloquear os salários dos funcionários da prefeitura que não “abraçaram” o projeto eleitoral petista. Em contato com a nossa reportagem , os trabalhadores, que preferiram não se identificar por temer novas retaliações, denunciaram que os que não aceitaram colocar faixas, placas ou pintar muros de suas casas com o nome do candidato petista foram punidos com o corte do ponto.
De acordo com a denúncia, todos os outros funcionários que aceitaram fazer parte da campanha e “abraçaram” a causa, já receberam normalmente o salário no dia 10 de agosto. “Já estamos no dia 14 e ainda não recebemos. Nunca aconteceu isso. O dinheiro é pouco. Só dá para comer mesmo. Prefiro que meu nome não seja citado porque a cidade é pequena. Aí sabe como é, né? Ele pode fazer outras coisas para nos prejudicar”, relatou um dos funcionários que teve o salário bloqueado.
O petista Dute disputa a prefeitura do município pela Coligação São José da Vitória no Rumo Certo (PT/PTC). O vice da chapa é Vavado, também do PT. Já a oposição é liderada pelo candidato a prefeito, Zé Ávila (PR), e pelo candidato a vice-prefeito, José Robson (PR), que concorrem pela Coligação São José é Hora da Mudança (PR/PMDB/PRB).
A nossa reportagem tentou exaustivamente entrar em contato com o prefeito de São José da Vitória para explicar o corte dos salários dos funcionários que não aderiram a campanha petista, mas, até o fechamento da matéria, não obteve êxito.
Reincidência
A lista de acusações contra o prefeito de São José da Vitória é extensa. No currículo de Jeová Nunes denuncias das mais variadas espécieis. Em 2011, o Ministério Público Federal denunciou o petista por não prestação de contas de recursos públicos recebidos por meio de convênio com Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Também em 2011, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) condenou o prefeito de São José da Vitória, Jeová Nunes (PT), a ressarcir os cofres da cidade sulbaiana em R$ 722.961,36.
O prefeito da cidade do Sul da Bahia também esteve envolvido em um escândalo de compra de votos e abuso de poder enconômicos no processo eleitoral de 2008. Apesar das diversas denúncias, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da Bahia, absolveu Jeová Nunes por 6 a 0 das acusações.
Por TeixeiraAgora
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