Depois que a Polícia Civil encontrou o vídeo que mostra parte da cena do crime, o autor da morte do comerciário Léo, se apresentou pela segunda vez ao delegado Chalton Fraga, no final da tarde desta terça-feira (07/12), e confessou o crime. O comerciário Leonardo Aragão Rodrigues, o “Léo”, 22 anos, que residia no bairro Bela Vista e trabalhava na Inforlaser, uma loja de Informática e recarga de cartuchos para impressoras na Praça da Bíblia, no centro de Teixeira de Freitas, foi assassinado após se envolver numa confusão na lateral da Avenida Presidente Getúlio Vargas, no portão de saída do Parque de Exposições onde aconteceu o show da banda Chiclete com Banana, na madrugada de domingo para segunda-feira, do último dia 21 de novembro.
Informações iniciais deram conta que o rapaz estava dançando na festa da banda Chiclete com Banana, na companhia da namorada e de amigos, quando teria esbarrado em um jovem franzino e desconhecido, tendo havido o pedido de desculpas e troca de ofensas. Mas o desconhecido não teria lhe perdoado, tendo saído do local dizendo que lhe pegaria lá fora. A vítima não teria levado a sério e tão logo terminou o show, teria embarcado a namorada em um táxi na porta do Parque, e permanecido no local na companhia de dois amigos, quando teria sido atacado pelo dito rapaz que havia lhe jurado 2 horas antes, com um golpe no pescoço que lhe provocou o corte de uma veia sanguínea importante “veia aorta”, causando a sua morte por anemia aguda, 60 minutos depois de ter sido ferido quando seria submetido a uma cirurgia no Hospital Municipal.
O autor do crime foi identificado pela Polícia Civil e intimado, já que não havia sido encontrado. Mas Edmo José Vital Junior, 18 anos, na companhia do seu advogado se apresentou ao delegado titular Chalton Fraga, uma semana depois do delito e disse que realmente estava no show, mas negou a autoria do crime. Entretanto, a Polícia Civil teve acesso ao vídeo de circuito externo da Pizzaria e Restaurante Lofty, que mostra claramente o momento que ocorreu a provocação do crime.
Às 03h23 da madrugada daquela segunda-feira, 21 de novembro, as imagens do vídeo mostram o homicida saindo do portão da festa caminhando com o braço no pescoço da namorada e com a outra mão segurando algo, tipo um celular ou uma latinha de cerveja. A vítima Leonardo Aragão Rodrigues, “Léo”, 18 anos, está encostado num Fiat/Uno Branco na companhia dos amigos Delvanir de Jesus Souza, 22 anos, e Robson Nogueira Novais, 24 anos. E quando eles avistam o autor vindo com a namorada, eles desencostam do carro e tipo, caminham para o meio da Rua, fazendo um cerco ao autor.
Edmo passa com a namorada pelos três, e tipo, não responde algo que eles teriam dito. Mas “Léo”, já pela lateral, provoca e dá uma tapa contra a mão de Edmo e o objeto que segurava na mão cai ao chão. Edmo neste momento tira o braço do ombro da namorada, se agacha lentamente para pegar o objeto, como o “celular” ou “latinha de cerveja” que havia sido derrubado com a tapa desferido pela vítima. E quando Edmo pega no objeto, com o rosto próximo ao chão, “Léo” desfere um violento chute no rosto de Edmo, enquanto seus dois amigos lhe davam apenas cobertura, assistindo tudo sem interferir.
Após o chute, a namorada do rapaz agredido, foge da cena, e Edmo reage partindo repentinamente para cima dos três agressores que se afastam de costas. A partir daí não se dá mais para ver a cena, porque os envolvidos saem do campo de filmagem da câmera do restaurante. E nesta terça-feira (07/12), o autor do delito Edmo José Vital Junior, 18 anos, que é filho de um policial militar da cidade, se apresentou com seu advogado pela segunda vez ao delegado Chalton Fraga e confessou a autoria do crime, dizendo que matou em extrema legitima defesa, fazendo uso de um caco de vidro que encontrou entre o paralelepípedo e a grama do canteiro da avenida tão logo foi atacado pelo trio, especialmente por “Léo”, e disse também, que o objeto que carregava na mão e que foi derrubado pelo soco da sua vítima (mostrado no vídeo) era o seu aparelho de celular, ele ainda não quis identificar a moça que lhe acompanhava (testemunha dos fatos), como forma de protegê-la.
O delegado titular da Polícia Civil em Teixeira de Freitas, Chalton Fraga e também coordenador regional em exercício, deve concluir o inquérito policial do caso em no máximo 15 dias, tão logo receber o laudo médico legal concluso do Departamento de Polícia Técnica, quando decidirá a tipificação em que irá enquadrar Edmo Vital. Como se apresentou espontaneamente para esclarecer o crime, o jovem vai permanecer em liberdade até posterior deliberação da justiça ou até o julgamento.
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